REP

O outro que sou eu.

01/01/2016 18:44

Hoje sabemos que somos o que somos a partir do outro. Como assim? Já consigo antever.

Acho que a primeira vista é algo complicado de perceber, pelo menos para mim, em todo caso, vamos à luta filhos da pátria.

Existe um conceito chamado de alteridade que, segundo a própria internet, tem a ver com o se colocar no lugar do outro, também em uma análise bem superficial pode-se dizer que é algo distinto, ou seja, diferente de nós.

Ouço ecos da minha professora de literatura, a Ceiça, falar: o outro vai dizer quem nós somos! Algo que não entendia, até agora!

Pois é, é exatamente isso! Alteridade é o eu que é construído a parir do outro diferente de mim. Fácil? Também acho!

O que quero dizer com isso? Simples! Vivemos em uma época onde o outro é igual a mim. Um cara meio maluco, um tal de Byung-Chul Han, leu alguns livros do Baudrillard, e procurou compreender a cabeça maluca do ser humano numa visão meio que biológica. Explico isso, ou pelo menos tento.

O cara vai dizer tipo assim, a sociedade do século XXI é a sociedade da depressão e do fracasso, pois, segundo ele, a sociedade do rendimento cria isso. Mais ainda, o excesso de positividade, no sentido de igualdade está tornando as pessoas doentes!

Na prática, o outro é igual a mim, logo não sou negado. Não crio anticorpos, psicológicos, tá, que me permitam construir a minha diferenciação.

Parece-me que pelo excesso de positividade e de aceitação fico doente, pois não desenvolvo anticorpos mentais. Semelhante ao câncer que é excesso de perfeição do organismo, pois não é falha do organismo, mas, ao contrário, é o acerto do organismo, porém em demasia.

O que me fez pensar que quanto mais for contrariado melhor minha cabeça será, uma vez que o outro me constitui a partir da negação...

 

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