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A vida infeliz

12/08/2014 15:49

A vida infeliz

Hellen dos Santos Cruz

Antigamente achava que o tráfico de pessoas para fins sexuais era algo de ficção, mas infelizmente não é. O que vejo? Novelas e vida real misturam-se, transformam-se e se transformam, num processo simbiótico.

Há muitas mulheres que são sequestradas para se prostituir contra sua vontade, no país ou fora dele também, as pessoas ficam prisioneiras sem ter contato com família, ou até com o mundo.

Uma amiga minha já passou por isso, ela falou que lá é um horror, tratam-nas como se fossem lixo, disse também que não tem opinião própria, são espécies de escravas da prostituição.

Há ainda muitos jovens, crianças e adultos que passaram e ainda passam por isso, passando algum tempo, outras garotas recomeçam o ciclo interminável.

No início falam que vão dar emprego de modelo, dançarina, oferecem “vários” lugares, mas por fim não tem, nem trabalho nenhum, tem a vida que elas nunca imaginaram que iriam ter, por fim tem a dor e o sofrimento de pensar que nunca mais vai ver sua família. Minha amiga? De tanto ela ficar naquele lugar, ela acabou entrando em uma depressão profunda, e hoje ela tem a maioria das doenças sexualmente transmissíveis.

Ela luta contra o todas as doenças, mas ela tem amigos e familiares que fazem a cada dia ela apagar o pouco do passado que marcou muito a sua vida. Vida Infeliz!

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A realidade em que vivemos

12/08/2014 15:35

A realidade em que vivemos

Joanna Beatriz

Era uma criança triste e com falta de carinho, ela procurava um alguém que a amasse como ninguém, pois a ausência de seus pais era constante, uma vez que trabalhavam muito, todos viam que era uma criança inocente e conforme crescia, desenvolvia, mudava, os sonhos mudavam ou eram mudados. Foi se envolvendo com amizades erradas.

Estas amizades a levaram para um mundo sem volta, e, de efeito, sua família não percebeu, pois estavam ocupados demais para perceber que aquela criança inocente havia crescido sem amor e estrutura. Diversos lares por aqui seguem esse caminho: o sonho sem oportunidades.

Culpa do governo por não ter dado estrutura ou dos Pais por não a acompanharem de forma que fizesse ter sonhos e correr atrás deles.

Infelizmente é a realidades em que vivemos sem sonhos, sem estrutura e sem oportunidade.

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Realidade ou ficção no lugar onde se mora

12/08/2014 15:26

Realidade ou ficção no lugar onde se mora

Larissa Lucia da Silva

Assisti a um filme onde contava a história de famílias inocentes que morriam devido à ação sem dó nem piedade de bandidos. Nenhuma providência era tomada, como era de se esperar, a situação das pessoas, diga-se moradores, agravava-se.

Era tanta maldade, tanta falta de amor ao próximo, que, na minha cabeça, tinha a certeza de que isso só era em ficção, ou um sonho. Mesmo uma ficção ou sonho em algum momento é possível que se realize, ainda que seja um pesadelo.

Mas, isso até certo momento. Hoje em dia, o que para mim era ficção ou sonho mau, virou realidade, onde moro é onde percebo mais perigo. As pessoas não saem mais na rua com tranquilidade, aquela conversa que diz que tudo pode piorar é verdade.

Crianças saem sempre acompanhadas, crianças não brincam mais na rua com medo de serem baleadas. Hoje o cuidado é em dobro, estamos vivendo um filme de terror em nosso próprio lar. O sonho de brincar virou sonho de viver…

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A realidade de uma vida comum

12/08/2014 15:05

A realidade de uma vida comum

Rebeca Soares da Costa

Após longas horas de estudo, finalmente consegui chegar ao local mais esperado. Minha casa! Em outras épocas cansei de ouvir dizer que o melhor lugar é a própria casa. Verdade! Tenho plena convicção. Mas, só percebemos isso quando estamos longe, não que esteja longe de verdade, mas não estou em casa. Razão suficiente para acreditar que estou longe.

Deitei-me e comecei a pensar! No começo a vida era assim: tudo era muito difícil, pois não havia tanta tecnologia como hoje em dia. As casas eram feitas de barraco que, dizem uns, o governo deu, também tinham mães que levavam seus filhos para o trabalho, porque não havia creches. Tempos difíceis. Acho que o passado é o presente.

Tínhamos mais segurança, pois não tínhamos medo de sair, com medo de sermos assaltados. Nessa reflexão, observei que passava algo na televisão. “Nos Estados Unidos da América existem leis mais rigorosas”, enquanto no Brasil não tem tantas leis, pois tem vários bandidos que assaltam e matam e não são punidos, ou no dia seguinte saem da penitenciaria. Isso acontece por falta de educação. Pelo menos é o que acho! Verdade ou não… Quem sabe!

Bom e velho bairro! Antigamente tinham mais pessoas querendo aprender e ensinar, porque eles pensavam em ser “alguém na vida”, ter uma profissão e um diploma, mas hoje, não tenho certeza se é assim, parece que ninguém se interessa, pois tem muitos adolescentes se envolvendo com drogas, que deixam a escola. Por que será?

Olho para o espelho. Deve ser assim mesmo! Ouço uma voz conhecida sussurrando ao meu ouvido! Minha mãe dizendo para acordar.

 

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O que permanece é a narrativa.

10/08/2014 13:43

O que permanece é a narrativa.

Fábio Oliveira Santos

            Por diversos motivos cabe um olhar diferente para a direção que a sociedade segue, não é um projeto pensado individualmente, muito aquém disso, para mim, é algo apontado socialmente que segue seu rumo de acordo com suas próprias inspirações.

            Historicamente as relações matrimoniais que tinham cunho de manutenção do poder de famílias imperiais também influenciavam o comportamento nuclear do desenvolvimento dos filhos, cabe ainda perceber que eram educados não pelos pais, mas por uma espécie de ama ou governanta. Pouca era a relação dos pais e filhos. Nota-se também que com o mesmo interesse, ou seja, a não divisão de bens, as famílias envolviam-se em relacionamentos parentais, nesse sentido o enfraquecimento da espécie é justificado, daí a loucura de séculos anteriores.

            Anos à frente percebe-se que a educação dos filhos, se é que se pode falar assim, dirigia-se apenas para trabalhar, crianças eram adultos pequenos que deveriam ajudar no sustento das famílias. Ainda nesse contexto não se fala de educação no sentido moderno, pois os filhos viam nos pais o modelo, o que não é dizer que existisse participação na educação, apenas um modelo.

            Esse modelo, parece-nos, é o atual, porém em fase de transição, pois as inspirações sociais são outras. A educação em sentido amplo, por meio de participação mais efetiva dos pais na construção da educação dos filhos permite reparar o insucesso de gerações anteriores, uma vez que não se tinha esse cuidado, o modelo que era distante agora se aproxima e influencia.

            Os insucessos anteriores são reavaliados, as novas gerações seguem outro caminho. Do ponto de vista biológico o desenvolvimento da criança nos primeiros anos é realizada por imitação, assim as pessoas mais próximas são os exemplos dos mais jovens, desse aspecto, os modelos são sempre as pessoas próximas, ou seja, os pais.

            Na escola uma pequena história ilustra isso. Há dez anos, determinada criança com mais ou menos quinze anos, rebelde e contestador de muitos aspectos como é próprio da juventude, deu-nos muito trabalho, não só do aspecto formal, mas também no desenvolvimento intelectual e da construção da personalidade.

            Aos poucos, construiu-se uma espécie de laço afetivo ou mesmo intelectual, ao passo que se conseguia conversar sobre muitas coisas, com o andar de Chronos, nossa relação aproximou-se mais, de certa forma fomos um modelo também. Os pais desse adolescente também se aproximaram da escola. Em determinada ocasião, em uma das reuniões bimestrais organizadas pela coordenação da escola, os pais desse menino procuraram-me e perguntaram como andava seu filho nas matérias, curiosamente percebi quando avaliei as notas que houve uma melhora significativa. Seu rendimento acadêmico avançou em proporções geométricas, resultado, acredito, tanto da aproximação da família quanto à relação com o professor.

            Após todos esses anos não o encontrei mais, mas aquele mesmo aluno mudou e se mudou. Os ventos o levaram o que permanece é a narrativa. Espero que a mudança tenha sido significativa para além muro escolar. Percebi que a formação humana não é o mesmo que a construção de uma parede ou automóvel, não se observa o resultado material, talvez nunca o veja. No entanto, o que permanece são as relações dos que estão próximos, daí a aproximação da família à escola.

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Crônicas do futebol "desarte".

06/07/2014 16:00

Crônicas do futebol "desarte".

Fábio Oliveira Santos

Não se pode perder de vista que o prefixo "des" é uma negação, assim como o próprio título sugere o meu futebol é algo parecido com não arte, daí "desarte", uma nova palavra para nomear o inominável, pelo menos o futebol "desarte" que pratico. No entanto, uma espécie de negação. No país do futebol arte, o futebol sem arte é uma negação, ou não é futebol para os padrões brasileiros.

Hoje, após muito tempo, joguei uma partida de futebol, na verdade o nosso bom e velho "racha", leia nas entrelinhas competição entre amigos, mas que todos querem vencer.

Confesso que tive um pouco de vacilação, creio que uma espécie de medo de contusão, afinal como continuaria o campeonato? Mesmo assim segui firme, com as pernas doendo e com os joelhos bambos, mas firme como um guerreiro dos Trezentos.

Toca a bola, disse o Bigorna.

Com toda habilidade futebolística que tenho toquei muito bem, um belíssimo passe, modéstia parte. O jogador fez um lindo gol de primeira. Senti-me muito bem! Afinal atingi o padrão Fifa de futebol, toquei de primeira e o gol saiu de primeira!

Sai correndo e gritando o que todos os jogadores gritam a plenos pulmões: Gooooooollllll.

Observei que todos correram para o centro do campo, iria reiniciar a partida, foi ai que cai na real. Sai de pedestal com os olhares enviesados dos atletas. Gol contra!

Futebol "desarte", disse o Cabelão.

 

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Projeto Inicial: a escola como lugar essencial do protagonismo e da inclusão, ou seja, tudo começa no início.

18/06/2014 21:45

Projeto Inicial: a escola como lugar essencial do protagonismo e da inclusão, ou seja, tudo começa no início.

Fábio Oliveira Santos

Incluir na escola é um processo de continuidade das lutas pelos direitos, de outro ponto de vista, também é proporcionar à pessoa a condição propicia para desenvolver as plenas capacidades. Algo semelhante as quatro causas[1] Aristotélicas, a nosso ver, é impossível o pleno desenvolvimento sem intervenção externa, neste caso, a causa eficiente, ou seja, a pessoa que vai ajudar no desenvolvimento do outro, neste caso, o professor.

Deste ponto de vista, o processo educativo é sempre interativo de modo que as relações ajudam no desenvolvimento dos envolvidos deste processo, daí o ambiente escolar ter como princípio básico a inclusão, ambiente agradável e de cumplicidade além da segurança esperada.

Professores e alunos são construtores desta realidade e se ajudam mutuamente neste processo, uma vez que é a busca dos direitos fundamentais, legítimos, a busca de uma sociedade mais solidária e, o desenvolvimento dos envolvidos. A proposta desta intervenção segue o sentido pontuado por Rodrigues (s/d): “Caracteriza-se pela oferta de serviços, organizados em três etapas: avaliação por uma equipe de profissionais, intervenção e encaminhamento para a vida na comunidade”. (RODRIGUES, O. M. P. R, sd), em todo caso, a intervenção planejada segue cinco momentos distintos, porém complementares, uma vez que a proposta deste projeto é realizar intervenção no sentido inclusivo e educativo.

Objetivo Geral.

1)    Incluir as pessoas com necessidades especiais.

Objetivos Específicos.

1)    Integrar as culturas diferentes por meio de trabalhos interdisciplinares: o aluno como produtor do conhecimento;

2)    Trabalhar a aceitação do diferente por meio de debates.

Participantes da proposta.

            De maneira geral todos os atores da escola participam, senão diretamente, ao menos indiretamente. Daí, diretores, professores, alunos e os profissionais da escola participarem de uma maneira ou de outra.

Atividades e tempo.

            As atividades, como pontuamos, é algo que deve ser constante, ou seja, deve fazer parte da cultura escolar. No entanto, para este trabalho inicial, pensou-se em cinco dias, ou uma semana escolar que serão divididos em cinco etapas que não precisam seguir a ordem exposta abaixo.

Primeira Etapa: Organização do evento, princípios e direcionamentos, neste momento são realizadas palestras sobre a inclusão e os fatores históricos implícitos, ainda nesta etapa, palestrantes convidados farão abordagens sobre inclusão;

Segundo momento: Os alunos tem a voz, momento em que é organizado as discussões que são dirigidas pelos próprios alunos, alunos que necessidades especiais expõem a maneira como sentem e veem a escola, sua vida e as possíveis melhoras;

Terceiro momento: Entretenimento, momento de lazer e integração. Sugere-se que este projeto seja realizado no início do ano letivo, acreditamos que a partir de jogos é possível integrar os alunos, uma vez que é algo aberto e com a participação de todos;

Quarto momento: Cerimonial, no sentido de valorizar os profissionais da escola e apresentá-los;

Quinto momento: Pontuar os objetivos que se busca durante o ano letivo.

Resultados esperados.

            Pressupõem-se que com os direcionamentos pontuados, a integração e as discussões toda a escola internalizará os objetivos que se busca, além de preparar os espíritos para a mudança e aceitação ao diferente processo que é ininterrupto. Mas, acreditamos que com estas pequenas contribuições o germe será lançado e no decorrer do processo a escola ganhará outra concepção, a escola que respeita o diferente, respeita as diferenças e, sobretudo, inclui, dessa forma, esperamos integrar as culturas diferentes por meio de trabalhos interdisciplinares: o aluno como produtor do conhecimento e; trabalhar a aceitação do diferente por meio de debates.

BIBLIOGRAFIA

RODRIGUES, O. M. P. R. Fundamentos históricos e conceituais da Educação Especial e inclusiva: reflexões para o cotidiano escolar no contexto da diversidade; Encontrado em: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/155246/1/unesp-nead_reei1_ee_d01_s03_texto02.pdf Acesso em: 01/04/2014.

 

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As setas apontam os caminhos: a legislação como fomento para educação especial.

30/04/2014 15:05

As setas apontam os caminhos: a legislação como fomento para educação especial.

Fábio Oliveira Santos[1]

Entre as diversas leis que discutimos suscitou-me, entre outras coisas, o interesse sobre a legislação relativa à superdotação e altas habilidades. Neste sentido a cidade de São Paulo aparece como vanguarda, uma vez que a implantação da lei LEI Nº 15.919, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013[2] traz em seu bojo o ensino a partir das necessidades especiais dos alunos, neste caso, das altas habilidades e superdotação. Algo relativamente recente do ponto de vista do autor.

É direito assegurado aos alunos o direito a aprender, mais ainda, à construção do conhecimento, no entanto, não acontece sem as condições necessárias, Marx (2010) diria que é necessário as condições materiais e ideológicas para ocorrer a mudança, posto desta maneira, as condições materiais seriam a própria estrutura e as condições ideológicas, para este estudo, são as próprias legislações.

A formação do educando acontece durante todo o percurso da vida, mas, para efeito metodológico, dividimos em quatro grandes áreas: o ensino fundamenta I, avança para o fundamental II, em seguida para o ensino médio e Universidade. Acreditamos que a aprendizagem é algo que não para nunca, o processo de construção do conhecimento é infinito, logo é necessário apontar as setas do caminho como pontua Hoffman (2010), no entanto o sentido pontuado pela autora é no sentido avaliativo, mas educar, em algum grau é avaliar.

A descoberta das potencialidades, quando descoberto o mais cedo possível, proporciona o pleno desenvolvimento das inteligências, tomadas nesta pesquisa no sentido de inteligências múltiplas de Gardner (1994), ou seja, a capacidade de resolver problemas a partir das inteligências múltiplas que o individuo possui.

            As altas habilidades ou superdotação, neste contexto, deve-se ser potencializada e isso só é possível com políticas públicas que implementem tanto a efetivação estrutural como investimento na formação de profissionais, deste aspecto, o:

Art. 1º O município de São Paulo, em atendimento ao disposto no inciso II do art. 59 da lei 9394 de 20 de dezembro de 1996, fornecerá educação especializada aos alunos com altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede municipal de ensino.[3]

            Medidas deste aspecto fomentam o trabalho voltado à educação especial, além de contribuir para o desenvolvimento das potencialidades dos alunos com altas habilidades ou superdotação.

BIBLIOGRAFIA

GARDNER, Howard. Estruturas da mente: Teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 1994.

HOFFMAN, Jussara Maria Lerch. Avaliar: respeitar primeiro educar depois; Porto Alegre: Mediação, 2010.

MARX, Karl. Manuscritos Econômicos – Filosóficos; tradução, apresentação e notas Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2010



[1] Professor da rede Estadual de Ensino.

[2] Encontrada no Diário Oficial, São Paulo, terça-feira, 17 de dezembro de 2013. Disponível em: https://www.docidadesp.imprensaoficial.com.br/RenderizadorPDF.aspx?ClipID=3QU39O1380LUBeFHJVCKG860JF9 Acesso em: 28/04/2014.

[3] Idem.

 

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Ainda é cedo para qualquer conclusão.

28/04/2014 16:20

Ainda é cedo para qualquer conclusão

Encontro Presencial 2

Fábio Oliveira Santos

Ainda é cedo para formar uma opinião concreta sobre os eventos históricos, há quem diga que se deve ter um afastamento de pelo menos 50 anos, pois, aparentemente, expurgam-se os sentimentos ou ao menos ficam mais distantes. Não há envolvimento afetivo.

Do ponto de vista da educação isso é muito claro, pois não se tem como saber o que acontecerá nos eventos futuros, reflexos deste presente, que também são evoluções de um passado que não é claro. Logo, o caminho é nebuloso.

Na discussão que tivemos no Encontro Presencial 2 (EP2), muitas foram as dúvidas e, acreditamos, caminhos foram apontados. Entre as discussões de acessibilidade, houve correntes antagônicas. Como deve ser. Uma delas pontuou que as escolas, gradualmente, estão possibilitando a acessibilidade aos alunos com necessidades especiais, o que não quer dizer que a qualidade vem aumentando, muito pelo contrário. Apontam que os alunos estão nas escolas e tem acesso dentro delas, como pontua Rodrigues (s/d), as crianças devem ter acesso à educação, mas que seja de qualidade.

Por outro lado, outra corrente pontuou que isso é meia verdade, pois não há acessibilidade nas escolas, isso é aparente. A maneira como vejo é meio termo entre as duas, isso considerando a escola que trabalho, pois temos acesso em alguns locais da escola e em outros não. Neste sentido, ainda falta muito para se desenvolver. Tem-se acesso às quadras, mas não às salas de aula.

Outro ponto discutido tem a ver com interpretes de Libras e sinalização em Braile, para muitos, não se sabiam dizer se realmente existe esta função na escola apesar da necessidade, pois é necessário incluir, no entanto, o número de profissionais para as tarefas hercúleas ainda são pequenos. Outros participantes pontuaram que em locais pontuais no município existem interpretes.

De acordo com o MEC[1], a história do interprete de Libras foi caracterizado como trabalho voluntário, logo sem remuneração, disso é possível observar a dificuldade de se encontrar profissionais desta área. Da maneira que concebíamos também não acreditávamos que houvessem profissionais na rede de ensino.

Por outro lado, as salas de recursos funcionam e atendem os alunos que possuem necessidades especiais, inclusive no encontro teve uma professora que é responsável por uma sala de recursos. No mesmo sentido é oportuno observar os mecanismos de incentivo organizados pelo MEC, como OS RECURSOS MULTIFUNCIONAIS:

Programa disponibiliza às escolas públicas de ensino regular, conjunto de equipamentos de informática, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade para a organização do espaço de atendimento educacional especializado. Cabe ao sistema de ensino, a seguinte contrapartida: disponibilização de espaço físico para implantação dos equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos de acessibilidade, bem como, do professor para atuar no AEE[2].

Acredita-se que melhor utilizado pelos professores pode ser um mecanismo eficiente para o atendimento dos alunos.

Quanto a interação dos estudantes de educação especial com os demais estudantes, pelo menos do ponto de vista da escola que trabalho, a interação é boa no sentido de aceitação, parece-nos que os estudantes aceitam as diferenças mais que os professores, daí a aceitação. Creio que esta opinião teve maior repercussão positiva, pois não houve contrários nas discussões.

Mesmo assim, do ponto de vista da cultura inclusiva ainda não temos o pleno atendimento nas escolas, reflexo do próprio comportamento resistente dos professores.

BIBLIOGRAFIA.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília: MEC; SEESP, 2004. 94 p.: il.. Encontrado em:<https://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf> Acesso em: 06/04/2014.

RODRIGUES, O.M.P.R. O direito da pessoa com deficiência: marcos internacionais, s/d; Encontrado em: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/155248/1/unesp-nead_reei1_ee_d02_texto01.pdf Acesso em: 06/04/2014.



[1] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília : MEC; SEESP, 2004. 94 p. : il.. Encontrado em:<https://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf> Acesso em: 06/04/2014.

 

 

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Atlas da exclusão

23/04/2014 14:55

Atlas da exclusão

Fábio Oliveira Santos

O desenvolvimento da aprendizagem com alunos com necessidades especiais requerem algo além das competências cotidianas com alunos relativamente sem as mesmas necessidades, pois se exige outras características e sensibilidades dos profissionais envolvidos.

Para analisar uma situação de aprendizagem escolhemos o “vídeo da situação 1[1]”, ou seja, em determinada aula o professor apontava para o quadro e orientava os alunos sobre figuras geométricas, algo corriqueiro e normal, no entanto o professor não percebeu que na mesma aula dois alunos não compreenderam o que foi dito e discutido.

Não compreenderam, pois naquela situação outros mecanismos de aprendizagem deveriam estar envolvidos, uma vez que um aluno era cego e outro surdo. De acordo com a lei LEI Nº 4.169, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1962[2], ficou convencionado a utilização do braile, recurso que poderia auxiliar nesta situação de aprendizagem.

Outro aspecto que não foi considerado pelo professor da aula foi o aspecto sensível, pois poderia trabalhar com objetos concretos como cubos ou outros, além do próprio braile. Com estes mecanismos, os dois alunos poderiam criar significações mais próximas do real e participar de maneira mais efetiva e eficiente da aula, uma vez que, talvez, ocorreu exclusão, não necessariamente consciente e premeditada.

Deslize do professor, pois não refletiu numa aula inclusiva e para todos, mas apenas em uma parte dos alunos, eis o desafio de Sísifo, no entanto deve ser visto de maneira ampla, ao contrário corre-se o risco de, assim como Atlas, segurar o peso do mundo da exclusão.



[1] Vídeo disponível em: < https://acervodigital.unesp.br/handle/unesp/155262> Acesso em: 22/04/2014.

[2] Encontrado em: https://www.soleis.adv.br/braille.htm Acesso em: 22/04/2014.

 

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Seção:

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1º Edição: Outubro de 2012, Ano 1, N.1.

2º Edição: Novembro de 2012, Ano 1, N. 2.

3º Edição: Dezembro de 2012, Ano 1, N. 3.

4º Edição: Março de 2013, Ano 2, N. 4.

5º Edição: Abril de 2013, Ano 2, N. 5.

6º Edição: Maio de 2013, Ano 2, N. 6. Edição de comemoração.

7º Edição: Fevereiro de 2014, Ano 3, N. 7.

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